O CULTO SHOW!
Novas
formas de culto a Deus estão surgindo. Formas que contrariam muitos princípios divinos.
Um culto é formado por pensamentos espirituais dirigidos a Deus, vindos do
coração pela fé; a saber: a oração, o louvor, a leitura da Bíblia, a pregação e
a ceia do Senhor.
No
momento, há “evangélicos” procurando formas espetaculares de culto a Deus. Seja
o método bíblico ou não, isso parece não importar. Produz resultados? Esse é o padrão para a validade dos novos cultos nas mega-igrejas, que são construídas
semelhantes a enormes teatros com capacidade para milhares de pessoas ( chegam
a caber 20.000!); e já há aquelas mega-igrejas que contratam diretores de cena,
professores de teatro, peritos em efeitos especiais...
Nada
indica que uma igreja deva apresentar a Cristo como uma opção atraente. O evangelho
na tem o objetivo de ser atraente. Frequentemente a mensagem do evangelho é
perturbadora, sim: chocante,
confrontadora, produz convicção de pecado e é ofensiva ao orgulho humano! Não
considere o evangelismo como uma questão de “marketing”: “ Visto que fomos aprovados por Deus a
ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a
homens, e, sim, a Deus que prova os nossos corações. A verdade é que nunca
usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos” (I Ts 2:4-5)
O
primeiro desvio frequente na religião-show acontece no culto estético, na adoração
formal - cerimonial, simbólica, ritualística
– sem realidade espiritual: “ Deus é espírito; e importa que seus adoradores o
adorem em espírito e em verdade” (Jo 4:24).
O
segundo desvio frequente acontece no culto-show, que usa técnicas do mundo para
agitar as emoções dos adoradores: o objetivo é causar uma ardente sensação de
felicidade! Emoções exaltadas podem ser agradáveis, mas não é adoração a Deus.
Será nada mais que euforia desinformada, que emocionalismo de curta duração.
O
terceiro desvio frequente é a indiferença
entre o sagrado e o profano, de modo que formas mundanas de entretenimento
musical são trazidas indecentemente para dentro dessas “igrejas modernas”.
A
história da igreja cristã ensina: sociedades diferentes, em épocas diferentes, não exigem
mensagens diferentes. Os apresentadores de culto-show, utilizando espetáculos
mundanos, estão em pecado! As mega-igrejas tem rejeitado Tiago 4:4: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do
mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois,
que quiser ser amigo do mundo,
constitui-se inimigo de Deus”.
Estamos no mundo, mas não
somos do mundo ( Jo 17:14-26).
Os
três desvios frequentes, descritos acima, contradizem três princípios que
brilharam muito na Reforma Protestante: O culto deve ser oferecido “em espírito
e em verdade” ( JO 4:24), deve vir do entendimento ( I Co
14:26), e deve ser mantido separado do mundo ( Tg 4:4) e da sua cultura decadente,
que já não conhece a piedade.
A
forma aceitável de adoração a Deus não é uma questão de cultura ou gosto ou
pratica de uma geração, é uma questão de obediência:
a Deus Pai, a quem o culto é dirigido; a Deus Filho, em nome de quem o culto é
oferecido; e a Deus Espírito Santo, por quem o culto é traduzido para a
linguagem dos céus. Louvado seja o nosso
Senhor!
O
evangelho deve ser pregado de forma convincente, fervorosa e clara; entretanto
que a atenção seja mantida na mensagem. Afinal, o evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16), não
nos artifícios humanos, a “amigabilidade” ou as técnicas utilizadas pelas
mega-igrejas nos seus cultos-show!
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão
trabalham os que a edificam” ( Sl 127:1). Deixemos o Senhor acrescentar pessoas
a SUA igreja (At 2:47), lembrando que edificar a igreja é obra de Deus. A nossa
é: “Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a toda criatura” ( Mc 16:15). Cuidado
com os cultos-show.
Nenhum comentário:
Postar um comentário